Mensalão: há 7 meses PF tenta, sem sucesso,
ouvir Lula
Há sete meses a Polícia Federal tenta, sem
sucesso, ouvir o ex-presidente Lula em inquérito
que apura sua atuação no mensalão, segundo reportagem desta
quarta-feira do jornal O Estado
de S. Paulo. Em abril de 2013, o
Ministério Público Federal solicitou à PF que apurasse as denúncias feitas
pelo operador do esquema, Marcos Valério de Souza, de que o
ex-presidente intermediou um repasse de 7 milhões de reais feito ao PT por uma
subsidiária da Portugal Telecom. Além de Lula, o ex-ministro Antonio Palocci
Filho também é citado no caso.
De acordo com o jornal, o advogado do
ex-presidente, Marcio Thomaz Bastos, disse à cúpula da PF que Lula estará na
quinta-feira em Brasília e tentará agendar a data da oitiva. Na PF, contudo,
afirma-se que os acertos para o depoimento - sempre informais - não foram
adiante. Os agentes esperam ouvir Lula para encerrar o inquérito, cuja
conclusão foi adiada algumas vezes.
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo informa que o petista teme o vazamento do depoimento
para a imprensa - e os estragos disso à campanha eleitoral. Lula não foi
intimado, apenas convidado a falar. E, de acordo com o jornal, não deverá ser.
A avaliação da cúpula da PF é de que uma intimação seria medida exagerada.
Segundo Valério, o ex-presidente teria
intermediado a obtenção do repasse milionário de uma fornecedora da Portugal
Telecom para o PT, por meio de publicitários ligados ao partido. Os recursos
teriam sido usados para quitar dívidas eleitorais dos petistas. De acordo com o
operador do mensalão, Lula intercedeu pessoalmente junto a Miguel Horta,
presidente da companhia portuguesa, para pedir os recursos. As informações eram
desconhecidas até 2012, quando Valério – já condenado - resolveu contar parte
do que havia omitido até então.
O caso - A transação investigada pelo
inquérito estaria ligada a uma viagem feita por Valério a Portugal em 2005. O
episódio foi usado, no julgamento do mensalão, como uma prova da influência do
publicitário em negociações financeiras envolvendo o PT.
O pedido de
abertura de inquérito havia sido feito pela Procuradoria da
República no Distrito Federal a partir das acusações feitas por Valério em
depoimento à Procuradoria-Geral da República. Como Lula e os outros acusados
pelo publicitário não têm foro privilegiado, o caso foi encaminhado à
representação do Ministério Público Federal em Brasília. Ao todo, a PGR enviou
seis procedimentos preliminares aos procuradores do Distrito Federal. Um deles
resultou no inquérito aberto pela PF. Outro, por se tratar de caixa dois, foi
enviado à Procuradoria Eleitoral.
Segredos – Com a certeza de que iria para a
cadeia, Marcos Valério começou a contar os segredos do mensalão em meados de
setembro de 2012, como revelou
VEJA. Em troca de seu silêncio, Valério disse que recebeu garantias
do PT de que sua punição seria amena. Já sabendo que isso não se confirmaria no
Supremo – que o condenou a quase 40
anos por corrupção ativa, evasão de divisas, peculato e lavagem
de dinheiro – e, afirmando temer por sua vida, ele declarou a interlocutores
que Lula "comandava tudo" e era "o chefe" do esquema.
Pouco depois, o operador financeiro do mensalão
enviou, por meio de seus advogados, um fax ao STF declarando que estava
disposto a contar tudo o que sabe. No início de novembro daquele ano, nova
Há sete meses a Polícia Federal tenta, sem
sucesso, ouvir o ex-presidente Lula em inquérito
que apura sua atuação no mensalão, segundo reportagem desta
quarta-feira do jornal O Estado
de S. Paulo. Em abril de 2013, o
Ministério Público Federal solicitou à PF que apurasse as denúncias feitas
pelo operador do esquema, Marcos Valério de Souza, de que o
ex-presidente intermediou um repasse de 7 milhões de reais feito ao PT por uma
subsidiária da Portugal Telecom. Além de Lula, o ex-ministro Antonio Palocci
Filho também é citado no caso.
De acordo com o jornal, o advogado do
ex-presidente, Marcio Thomaz Bastos, disse à cúpula da PF que Lula estará na
quinta-feira em Brasília e tentará agendar a data da oitiva. Na PF, contudo,
afirma-se que os acertos para o depoimento - sempre informais - não foram
adiante. Os agentes esperam ouvir Lula para encerrar o inquérito, cuja
conclusão foi adiada algumas vezes.
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo informa que o petista teme o vazamento do depoimento
para a imprensa - e os estragos disso à campanha eleitoral. Lula não foi
intimado, apenas convidado a falar. E, de acordo com o jornal, não deverá ser.
A avaliação da cúpula da PF é de que uma intimação seria medida exagerada.
Segundo Valério, o ex-presidente teria
intermediado a obtenção do repasse milionário de uma fornecedora da Portugal
Telecom para o PT, por meio de publicitários ligados ao partido. Os recursos
teriam sido usados para quitar dívidas eleitorais dos petistas. De acordo com o
operador do mensalão, Lula intercedeu pessoalmente junto a Miguel Horta,
presidente da companhia portuguesa, para pedir os recursos. As informações eram
desconhecidas até 2012, quando Valério – já condenado - resolveu contar parte
do que havia omitido até então.
O caso - A transação investigada pelo
inquérito estaria ligada a uma viagem feita por Valério a Portugal em 2005. O
episódio foi usado, no julgamento do mensalão, como uma prova da influência do
publicitário em negociações financeiras envolvendo o PT.
O pedido de
abertura de inquérito havia sido feito pela Procuradoria da
República no Distrito Federal a partir das acusações feitas por Valério em
depoimento à Procuradoria-Geral da República. Como Lula e os outros acusados
pelo publicitário não têm foro privilegiado, o caso foi encaminhado à
representação do Ministério Público Federal em Brasília. Ao todo, a PGR enviou
seis procedimentos preliminares aos procuradores do Distrito Federal. Um deles
resultou no inquérito aberto pela PF. Outro, por se tratar de caixa dois, foi
enviado à Procuradoria Eleitoral.
Segredos – Com a certeza de que iria para a
cadeia, Marcos Valério começou a contar os segredos do mensalão em meados de
setembro de 2012, como revelou
VEJA. Em troca de seu silêncio, Valério disse que recebeu garantias
do PT de que sua punição seria amena. Já sabendo que isso não se confirmaria no
Supremo – que o condenou a quase 40
anos por corrupção ativa, evasão de divisas, peculato e lavagem
de dinheiro – e, afirmando temer por sua vida, ele declarou a interlocutores
que Lula "comandava tudo" e era "o chefe" do esquema.
Pouco depois, o operador financeiro do mensalão
enviou, por meio de seus advogados, um fax ao STF declarando que estava
disposto a contar tudo o que sabe. No início de novembro daquele ano, nova

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