VEJA desta semana
revelou que uma ONG usou verbas do Fundo de Combate à Pobreza para repassar
dinheiro a políticos do PT na Bahia
Dalva Sele, o então
secretário de Desenvolvimento Urbano da Bahia, Afonso
Florence, e a deputada estadual Maria Del Carmen durante cerimônia para lançar
um conjunto habitacional destinado a famílias carentes, em 2007 (VEJA)
Os partidos de
oposição solicitaram nesta terça-feira que a Procuradoria Geral
da República investigue os desvios milionários
de uma ONG ligada a petistas da Bahia. Conforme VEJA revelou, a ex-presidente do Instituto Brasil,
Dalva Sele, admitiu que recursos recebidos do governo baiano por meio
do Fundo de Combate à Pobreza eram repassado a políticos do PT. Segundo
ela, o esquema movimentou 50 milhões de reais. Além de procurar o Ministério
Público, os partidos pediram investigações da Controladoria-Geral da União, da
Polícia Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU).
Na lista de
beneficiados estão o senador Walter Pinheiro, o atual candidato do PT ao
governo da Bahia, Rui Costa, os deputados federais Afonso Florence e Nelson
Pelegrino, e o presidente da Embratur, Vicente José de Lima Neto. A entidade
recebia recursos por meio de um convênio com o governo de Jaques Wagner (PT),
mas parte do dinheiro era desviada.
Os recursos desviados por meio do esquema deveriam ser aplicados na construção de casaspopulares. O Ministério Público da Bahia iniciou nesta segunda-feira uma força-tarefa para investigar o caso.
Os recursos desviados por meio do esquema deveriam ser aplicados na construção de casaspopulares. O Ministério Público da Bahia iniciou nesta segunda-feira uma força-tarefa para investigar o caso.
PSDB, DEM, PPS e
Solidariedade assinam os documentos pedindo a apuração do
caso. "É inacreditável que o PT tenha utilizado o fundo de combate
à pobreza para fazer campanha eleitoral. Isso é uma coisa que
causa asco", diz o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA).
O presidente do DEM,
senador José Agripino Maia, disse acreditar que o esquema possa ter se
repetido em outras partes do Brasil. "Diante da evidência das
denúncias, está na cara que o fato tem uma profunda consistência de verdade e
impõe-se a investigação para colocar os culpados na cadeia", afirmou.
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