O último debate entre os candidatos ao governo estadual, realizado
nesta terça-feira, 30, à noite pela TV Bahia, repetiu os embates
anteriores: o candidato que, segundo o Ibope, lidera as pesquisas de intenção
de voto Paulo Souto (DEM), foi o principal alvo de ataques. O
ex-governador até arriscou uma linguagem mais jovial para descrever o cenário:
“Tão querendo me bater de galera, de turma. Mas tudo bem, estou acostumado com
isso”.
Embora
engessado pelas regras, o debate foi também marcado por momentos tensos,
notadamente quando houve pedidos de direito de resposta. Termos como “leviano”,
“testa de ferro” e “candidato da casa” foram usados. O candidato Rogério da Luz
(PRTB) acusou Souto de não querer pagar a URV aos funcionários públicos, ao que
o candidato do DEM respondeu: “Sua irreverência é suportável, mas de maneira
nenhuma a leviandade”. Souto afirmou que já tinha se comprometido a pagar este
benefício aos servidores.
Ao
ser chamado de leviano, Da Luz pediu o direito de resposta, que foi negado pelo
jornalista Willian Waack, mediado do debate. Na rodada de questões seguinte,
quando debatiam Lídice da Mata (PSB) e Marcos Mendes (PSOL) sobre gastos
públicos, o psolista disse que Souto não assinou documento no qual se comprometeria
com pagamento por determinação de ACM Neto, prefeito de Salvador e principal cabo eleitoral do
demista, a quem chamou de “testa de ferro”
Neste
caso, Waack concedeu o direito de resposta a Souto, o que causou protesto de Da
Luz. “Chamar de testa de ferro merece direito de resposta, mas leviano, não?
(Isto porque) a casa (a emissora na qual ocorreu o debate) é do ACM, o Neto”,
ironizou Da Luz.
(Davi Lemos – A Tarde)
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